domingo, 16 de outubro de 2011

Eu sou feita de fases, de mistérios, de muitas particularidades. Não queira me definir como boa ou má, água ou fogo, anjo ou demônio, santo ou pecado. Sigo inconstante procurando o sossego, a realização, a minha paz. Desejo um dia pisar em terra firme, como a que um dia deixei para trás. Mesmo assim acho que não serei a mesma sempre, todos os dias.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Dust...

A vida nos reserva muitas surpresas, nos pega muitas vezes desprevenidos, isso não é novidade para ninguém, todo mundo já teve uma prova disso na vida. Impressionante são os longos caminhos que ela traça para nos mostrar algo. Acredito que seja no intuito de mostrar o quanto essa mudança, presente, fato, seja o que for, é importante para nossa vida, se fosse de um dia para o outro talvez não daríamos o devido valor à “obra”, como é de costume do “velho ser humano”. Ela tem me tirado e me trazido, tem feito com que eu lute sol a sol por cada coisa que quero e no final perder. Me dá o gostinho de felicidade ao conquistar, mas me traz a dor da perda após ter-me feito feliz e tranquila. Fico nessa montanha-russa constantemente. Tudo bem, que nunca me encheu os olhos uma vida pacata sem acontecimentos, mas estou cansada de ter o gosto da conquista e depois perceber que sê-la frágil e virar pó em minhas mãos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Mudanças Necessárias

Tenho ficado mais tranquila, estou conseguindo ver o mundo por outro ângulo, com novos olhares eu diria. Infelizmente foram-se embora ou estão guardadinhas bem no fundo do baú as doces ilusões que me acompanharam até agora.
 
O meu “agora” veio modificando-se aos poucos, há alguns meses atrás, que por sinal muito intensos, não de acontecimentos mas de autoconhecimento misturado a “aprenda a viver no mundo real”. Não gosto de jogar o jogo, acho isso muito artificial, planejado, manipulado, mas infelizmente para sobreviver na selva é necessário aprender a jogá-lo. É comer ou comer! 

Até então eu acreditava que poderia continuar vivendo no meu mundo onde todos eram bons e não existiam egoísmo nem mentiras. Fui forçada pela dura realidade a acordar e sair dele e percebi que lá eu era a egoísta em achar que ele era o mais belo. Não conseguia ver que nele também existia o egoísmo nato do ser humano. 
 
Sempre tive a consciência que este jogo existia, mas me negava a aceitá-lo, até me ferir muito e escutar de um amigo: que se eu não reagisse e entrasse nele, eu continuaria a me auto-sabotar inconscientemente. Pois bem, com muito pesar entrei, porém ainda carrego dentro de mim a naturalidade, a doçura e o respeito. Tive que escolher entre começar a dançar conforme a música ou continuar no meu ritmo levando grandes pisadas!

sábado, 5 de março de 2011

Trois

Quando a dor retorna a inspiração aflora. Não consigo me inspirar, não sinto mais dor, sinto pesar. Aliás, não é pesar, é diferente. É calmaria, junto a desejo, desejo esse amadurecido, que aprendeu a ter paciência e esperar tudo se encaixar no seu tempo. Poderia ser uma primavera: pensamentos e palavras desabrochando e juntos criando lindos versos inspirados na dor e desejo. Mas não é esta a estação, está diferente há algum tempo. 

Pretendia não tocar nesse assunto, não falar sobre você, por muitos anos ou pelo menos no meu espaço, neste pequeno espaço que criei justamente para não lembrar por alguns minutos, enquanto revelava meu mundo. Vi-me numa encruzilhada, aonde todas as palavras que me vinham à mente justamente naquele momento me levavam a falar apenas sobre um assunto. Resisti o quanto pude, mudei de tema várias vezes tentando fugir, como sempre e como nunca, fugir. Como nunca fiz em muitos  setores da minha vida, mas disso eu fujo, sempre fujo.  Cansada de tentar, de pensar, de planejar, de achar que desta vez tudo vai ser diferente, mas não vai. 

Agora vens para me confundir. Tarde! Ou meio do caminho! Não estamos mais sozinhos. Nesse tufão, um novo “ão” está se fazendo valer. Se for verdade, apresse-se, não deixes raízes ele criar.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Turvas

Quero me vestir de noiva, colocar botas sujas e correr pelo barro agarrada à barra, gritando para o mundo inteiro que essa fantasia é a mais bela e que meu desespero vem da minha impotência em acreditar, de nunca mais acreditar nessa infame aposta que um dia me cegou com suas belas, sutis e falazes melodias.

Anseio um dia poder enxergar que essa verdade que hoje vejo não passa da mais verdadeira mentira que um dia meus olhos encolerizados picharam toda a realidade, mas temo acordar e ver que esses olhos estavam vendo certo, vendo que pode não ser triste, mas apenas adaptável. Ah! Inocência, porque fostes fugir dos meus lábios, dançando tristes melodias de fracasso e me deixando sentir o gosto amargo da essência humana?